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terça-feira, 26 de março de 2013

Mais chuva? Aah, não.

Escrito dia 17 de janeiro de 2013
Eu estou muito melancólico, e pra ajudar, agora eu tenho que ir pra casa na chuva. Chuva costuma me deixar ainda mais introspectivo. Olhando pelo lado positivo, agora eu poderia chorar e ninguém ia se incomodar, até porque, como eu temia, eu estava sozinho.
Estava na hora de ir pra casa e eu não tenho guarda-chuva pra me proteger, está todo mundo indo embora e eu não tenho onde ficar; e mesmo que tivesse, eu não ia querer ficar. Eu tinha um longo caminho pela frente e muita lágrima pra chorar. De qualquer forma, eu tinha que encarar aquilo tudo (e eu não tinha pretensão nenhuma de evitar), resolvi logo, entrei debaixo da chuva. A minha única preocupação era com o livro que eu tinha acabado de ganhar, não queria que ele molhasse, protegia a bolsa como se fosse um filho meu. E assim segui.
Eu já estava sozinho, molhado e eu só queria chegar logo em casa pra guardar meu livro novo. Eu tinha um atalho, era o caminho mais rápido de chegar em casa mas eu não pude usá-lo, tava com uma enorme poça d’agua que não me permitiria passar.. tive que encarar o caminho mais longo. Engraçado, eu tava começando a me divertir. Eu estava sozinho na rua, não tinha ninguém pra me dizer que eu ia ficar resfriado, não tinha ninguém pra falar da minha roupa, do meu cabelo ou da minha havaiana branca suja. Eu não tinha ninguém, e dessa vez foi bom.
As minhas lágrimas viraram sorriso. As poucas pessoas que vi na rua tentavam de toda as forma se proteger da forte chuva, mas porquê? Essa chuva era diferente, ela tava me fazendo feliz. Eu tirei o chinelo e comecei a correr pela ciclovia de barro, que agora, tava começando a virar lama. Porque nunca fiz isso antes? Porque não fiz isso quando era criança? Correr da chuva e pular as grandes poças d’agua era tão divertido. Conheci meu lado aventureiro.
Eu estava chegando em casa e, por incrível que parece, eu não estava feliz. Eu queria ter pra onde ir, só pra poder eternizar esse momento. Mas não posso, eu ainda preciso proteger meu novo livro. Era a minha maior preocupação.
Enfim cheguei, meu livro molhou só um pouquinho, estou indo.. já já colocá-lo pra secar, mas primeiro eu precisava tirar a minha roupa molhada, me deitar na cama e pensar em como tudo é perfeito. Sei que no céu existe um Deus e que Ele transformou a minha lágrima em sorriso. Eu sei que quase sempre a chuva representa algo ruim e me desculpe se essa foi ruim pra você, mas sinto que essa chova foi pra mim. Essa chuva me renovou.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender:

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria “reuniões”.
8. Há uma linha muito tênue entre “hobby” e “doença mental”.
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão… que o AMOR existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim… e que valeu a pena!"



                                                                                             por  Luís Fernando Veríssimo